domingo, 31 de janeiro de 2016

Ansiedade e Angústia -




Atualmente, com a divulgação dos conceitos psicológicos na mídia escrita e eletrônica, estamos ficando mais familiarizados com terminologias próprias a esta ciência, mas nem sempre as compreendendo de forma produtiva para nossas vidas.
Assim acontece com os conceitos de ansiedade e angústia, tão amplamente comentados e analisados.
Como ponto inicial, quero afirmar que podemos ter entendimentos diversificados sobre este tema, principalmente quanto às suas causas. Pretendo aqui fazer uma análise do ponto de vista mais psicanalítico, ainda que superficialmente, tangenciando algumas outras observações.
É preciso também reafirmar a força da indústria farmacêutica na supervalorização desses sintomas psicológicos, já que eles são fonte de uma comercialização muito lucrativa de psicofármacos.

Bem... mas o que é ansiedade e angústia?
Podemos dizer que a angústia é sempre algo que se segue enquanto a ansiedade é o que antecede, passíveis de se misturarem em alguns momentos porque o que antecede também se segue como expectativa de alívio, e o que segue vem marcado pelas experiências anteriores. Então, é pouco provável que se sinta angústia sem a ansiedade de se livrar dela, quanto se sinta ansiedade desvinculada de algum fato anterior onde a angústia esteve presente.
Eu gosto de definir angústia como uma emoção que sinaliza algo errado em nós, na nossa vida física, psíquica, social, espiritual. É como se ela viesse apontar que precisamos mudar, que algum padrão de comportamento já se encontra desajustado em relação ao nível evolutivo em que nos encontramos. E isto se formou porque não tivemos amadurecimento necessário para lidar com alguma situação que acabou ficando mal resolvida.
Em especial, nesse momento de transição planetária, isso tem sido muito comum. Muitos já vão avançando para uma compreensão mais larga da vida e de si mesmos, mas ainda continuam presos aos convites de uma filosofia sócio-econômica altamente perniciosa. É o que tenho denominado pelo termo "inadequação evolutiva", quando a pessoa já poderia estar fazendo mais e melhor por si mesma mas ainda permanece acomodada a hábitos enraizados.
Já a ansiedade é marcada por uma expectativa de gozo, que nem sempre identificamos, e que pode ser um prazer que gostaríamos de usufruir o mais rápido possível ou mesmo a satisfação de se livrar de uma dor que nos incomoda. Neste último, em especial, a ansiedade vem acompanhada da angústia.

A ideologia vigente incentiva a busca pelo gozo total e absoluto -estratégia de alta eficácia no estímulo ao consumo- levando ao surgimento de uma ansiedade que nunca cessa, já que esta satisfação plena não existe. É como se estivéssemos buscando sempre algo que nem mesmo sabemos o que seja, como se um vazio interminável sugasse nosso foco de existir e de almejar outras realizações. Mas este vazio já existe em nós de forma inalienável, a falta que se origina de nossa ruptura com o Poder Criador por conta do próprio surgimento da individualidade em nós que traz esta sensação de fragmentação com o todo. O chamado trauma primordial. Então, ao invés de elaborarmos este vazio, aceitamos os convites do sistema que visam tamponar de forma paliativa a sensação de dor, mas potencializando-a ainda mais.

Claro que, como a angústia é necessária para sinalizar o que precisa ser resolvido, a ansiedade, em um certo nível, também é indispensável como mecanismo de preparar o ser humano para as adversidades. Freud defendeu que um certo nível de ansiedade impediria o surgimento de reações traumáticas às frustrações. Segundo ele, um trauma se estabelece por conta da falta de preparo psíquico para se enfrentar uma frustração. Pois a ansiedade tem esse papel, gerando uma apreensão que predispõe a uma maior segurança do aparelho psíquico. Algo bem parecido com o que o medo faz. Na verdade, o medo seria uma reação fóbica da ansiedade.

O fato é que, diante do exposto até aqui, sentir angústia e ansiedade não seria o problema, já que ambas possuem funções mantenedoras do aparelho psíquico. O problema é não saber lidar com elas, é não utilizá-las em benefício do desenvolvimento pessoal. O que nos tem sido proposto é que devemos eliminá-las quimicamente, sem que se faça uma leitura dos seus recados silenciosos. Não quero dizer com isso que os medicamentos sejam desnecessários. Muitas vezes o são, mas nem sempre, e mesmo quando utilizados não devem nos fazer esquecer do que se esconde por detrás dessas emoções.
O imediatismo da vida contemporânea nos faz querer estar sempre bem para gozar e o sistema nos quer bem para produzir, sem que sejam medidas as consequências desse pragmatismo.
A falta de compreensão da complexidade da vida, dos seus aspectos transcendentes, do porquê estarmos aqui e dos comprometimentos que vamos acumulando para um futuro que se desdobra inexoravelmente, pode fazer de nós embarcações perdidas na noite tempestuosa, sem rumo seguro para o porto de chegada. A depressão surge, hoje, como a segunda causa de incapacitação no mundo, e será a primeira até 2020. No Brasil, a estatística dos transtornos depressivos cresceu mais de 700% nos últimos dez anos.
E nós, ingenuamente, continuamos a acreditar que podemos resolver nossos problemas com um simples comprimido. "Cegos conduzindo cegos para o fundo do poço..."
 João Carvalho Neto
 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Somos amor e somos amados!!

 O que tem me feito muito bem, ultimamente, é pensar e procurar sentir que sou amor e sou muito amada.

Não tenho dúvida de que sou uma partícula do Amor maior, que me criou e que me mantém viva. Também acredito que esta força amorosa me habita e me ama. Não gosto de usar a palavra DEUS para nomear esta energia, porque sinto que quando a uso, imediatamente imagino se tratar de um ser fora de mim, semelhante aos humanos e de quem estou apartada e isso não me faz bem.

Quando senti a vontade de me reportar ao Amor várias vezes durante o meu dia, procurando perceber e me recordar de que sou muita amada e faço parte deste Todo maior que abrange a vida em todas as suas esferas, mesmo eu sendo uma minúscula poeira cósmica em dimensão, passei a me sentir muito bem.

É como se eu estivesse me conectando verdadeiramente com a fonte de suprimento que me mantém viva e que também me reconhece e me acolhe. Percebo que me preencho de amorosidade, fico mais serena, exijo menos das outras pessoas e das circunstâncias. Prescindo menos do exterior e me sinto feliz apenas sendo.

A partir dessa vivência tão forte e abençoada, pego-me pensando como somos ainda teimosos e vivemos a brigar por nomes, apenas. Qual a diferença que faz, realmente, se o Pai ou o Amor maior é denominado com este ou aquele nome?

A diferença existe, sim, em nos sentirmos amados e aceitos pela energia cósmica que habita tudo que existe, ou não. Amados sem julgamentos, sem condições, apenas por sermos parte de uma realidade única e verdadeira que não escolhe a quem amar. Amor incondicional.
Essa é uma maneira da gente perceber que qualquer forma de vida merece o nosso respeito, atenção, compaixão e até perdão.

Quanto temos nos feito mal por causa de diferenças que foram criadas por nós mesmos. Na essência, somos todos iguais e almejamos as mesmas coisas.
Quando atacamos e ferimos, certamente em algum momento fomos feridos, mesmo que não nos recordemos dos detalhes.
Todos nós estamos sempre suplicando por amor! Com carinho e atenção, agindo com compreensão, ao invés de brutalidade, vingança, acho que conseguiremos mudanças inacreditáveis na humanidade.

Jesus pregou a não violência e veio nos ensinar o caminho da felicidade verdadeira. Como não nos sentimos Amor, não sabemos perdoar e amar a quem nos faz sofrer. Só podemos doar o que temos em nós. Não que o nosso cerne amoroso possa não existir, mas se não entrarmos em contato com ele, ficará embotado por falta de uso.

Quando lembro que sou Amor, sinto-me logo mais alegre. Também percebo que uma energia mais pulsante me preenche. A esperança renasce e as lentes com as quais eu vejo o mundo se tornam mais coloridas e benévolas.
Percebo, então, que tudo parte da resposta a uma pergunta crucial que preciso me formular e tentar responder: quem sou eu? Um corpo apenas, ou a energia que habita meu corpo e que existia antes dele e continuará a existir depois que ele se desintegrar?

A flor desabrocha naturalmente, sem pra isso precisar fazer qualquer esforço, assim como o Sol, que nasce sempre, independente de nossos pensamentos ou da definição que dermos dele.
Vivemos imersos num Universo amoroso, organizado, que obedece a um ritmo e nos acolhe sem nos considerar corpos estranhos nele. Por que escolhemos nos considerar apartados deste ninho infinito e eterno?
Que diferença faz a cor da pele que reveste o nosso corpo, se somos todos oriundos da mesma fonte, da mesma energia?

Se tivermos costumes diversos e falarmos línguas diferentes, isso terá acontecido por escolha nossa e essas diferenças são meramente culturais, consequências da liberdade inerente à natureza humana.

Sendo Amor e me sentindo muito amada, mais facilmente vou amar a vida e quem se encontrar em meu caminho. Pois quem ama perdoa, se coloca no lugar do outro e o compreende, respeitando as aparentes diferenças.
O amor jorra de uma fonte que quanto mais dá, mais cheia fica.
Só através do Amor encontraremos o nosso verdadeiro caminho de evolução e libertação.

Autor: Maria Cristina Tanajura

domingo, 17 de janeiro de 2016

Dica de hoje:

Por um mundo com mais histórias sem fim..
Gratidão por sempre ter acreditado na magia!!

Namastê

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Escolha amor!!

E hoje é mais um dia em que você pode exercitar a escolha do amor sobre o medo. Ela está aí, em cada situação e bifurcação do caminho. Em alguns momentos, vai ser o amor pelo próximo. Em outros, amor pela verdade. E, em algumas ocasiões, vai ser o amor próprio - que não tem nada a ver com vaidade ou orgulho. Tem a ver com o estoque de amorosidade que você precisa ter para viver a vida distribuindo e transbordando o amor. Tudo começa dentro e depois se expande para o lado de fora. Não se esqueça.
Flavia Melissa

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Flor do dia!

“Comparo o processo de autoconhecimento a uma autoescola na qual estamos aprendendo a conduzir um veículo. E como a autoescola está aberta para todos (embora a sua aula seja pessoal e intransferível), é inevitável que um carro ou outro se cruze; é inevitável que aconteçam coisas que você não concorda. Talvez você prefira dirigir numa estrada vazia, sozinho com o seu professor; e talvez você possa fazer isso durante um tempo. Mas, em algum momento você terá que dirigir no trânsito e passar por avenidas congestionadas. Em algum momento você terá que aprender ocupar e conduzir o seu veículo enquanto se relaciona com o mundo.”

Sri Prem Baba



domingo, 10 de janeiro de 2016

A melhor maneira de amar...

O amor não nasce quando buscamos ansiosamente, pois a ansiedade denota um desequilíbrio nas emoções.

Então você busca fora, o que não encontra dentro de você.
...
Provavelmente o que você precisa, não é de alguém que te ame, mas de uma escora que te sustente...

O desequilíbrio emocional fez com que você saísse do seu centro maior que é o coração.

Como você saiu dali, quer que alguém preencha aquele vazio. Então diz que precisa de um amor, uma pessoa que te faça feliz.

Quando o sexo oposto te olha, não consegue sentir emoção, pois você não passa isso para as pessoas e o que não existe em você, passa a não existir para o mundo.

Só podemos dizer que existe o que foi criado e as pessoas enxergam em você a imagem que você criou de si mesmo.

Se vai buscar algo fora, é porque falta alguma coisa em você. A pessoa olha e percebe que falta algo em você que ela não consegue definir o que é.

Sem saber o porque, ela passa a não querer ficar a seu lado, pois ninguém quer ficar com alguém incompleto.

Quando você começar a soltar a vida, as coisas, as pessoas e começar a se achar bom, bonito e merecedor, passa a confiar em sua capacidade de atrair o melhor.

E não busca, não cobra, não se anseia, vai passar a estar na companhia dos outros de uma maneira leve, desapegada, descompromissada.

Então você passa a ser autêntico como é, sem esperar a aprovação ou o interesse do outro.

Enfim, as pessoas começam a se sentir bem do seu lado, pois você não criou expectativa sobre elas.

Ao olharem você, vão ver uma pessoa inteira, livre e feliz, o seu eu real.

Se ela tiver algo a ver com seu jeito de ser, ela vai se apaixonar por você.

Então vai passar a confiar nesse sentimento, pois não foi você quem buscou, mas a vida é que trouxe alguém que combina com seu jeito de ser e a quem você merecia.

Agora, quando você começa a querer controlar a vida para que ela traga alguém pra lhe amar, na hora que você quer.

Ou quando você se apaixona por alguém e quer controlar o sentimento da pessoa, fazendo com que ela fique com você de qualquer jeito, só vai atrair o mal para si, pois quem quer controlar a vida e as pessoas, acaba descontrolado.

Puxe o amor por si mesmo e confie que a hora em que isso acontecer, a vida vai lhe trazer a coisa certa, na hora adequada.

Tudo está certo, o errado é você achar que algo não está bem. “Tudo dá certo no final... se ainda não deu certo é porque não chegou no final"...

Jandira Moraes