"E
eu te desejo, sabe, todas as flores no caminho. Te desejo todos os
sorrisos, e risadas, e gargalhadas que a vida possa te arrancar - eu
desejo que você perca o ar. E eu te desejo a serenidade para constatar
que é você que enxerga as coisas
com leveza e humor, mesmo que elas não sejam leves e nem engraçadas -
que aí você vai poder rir sempre. Eu desejo que o riso esteja em você.
Assim como desejo que o amor esteja em você, eu desejo que você abra
seus olhos para dentro e os feche para fora de quando em quando, que se
não a distração é demais e a vida corre muito depressa. Eu te desejo
tempo, que este é o tesouro de hoje
em dia. Tempo para observar a si mesmo, antes de observar aos outros;
observar a si mesmo garante que os outros sejam os outros e só, ao invés
de serem os pilares estruturadores da sua vida. Eu te desejo a
capacidade de desempenho do livre arbítrio nas escolhas dos seus outros,
dos seus pilares, das bifurcaçõea da sua vida. Te desejo a serenidade e
a responsabilidade de criar a sua realidade com a humildade de não cair
na tentação da vitimização. Que vitimização é morte de tudo aquilo
criativo que existe dentro de você. Eu te desejo o peso da
responsabilidade sim, porque é este o peso que pode te deixar leve. Eu
te desejo a leveza que vem da percepção de que você só vê no outro o que
existe dentro de você, porque isso te faz capaz de mudar o mundo
mudando a si mesmo. "Seja a mudança que deseja ver no mundo", disse
Gandhi. E eu te desejo a ousadia de sonhar com um mundo no qual você
quer viver."
(Flávia Melissa)
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